A associada, Florestal Gateados, recebeu profissionais do setor florestal, na última quinta-feira (30) para um treinamento sobre prevenção e combate à Vespa-da-Madeira. O encontro, promovido pela Associação Catarinense de Empresas Florestais, com conteúdo da Embrapa Florestas, aconteceu em Campo Belo do Sul (SC).

A capacitação técnica foi dividida em duas partes. Durante a manhã, a bióloga Susete Penteado apresentou teorias sobre biologia, ecologia e danos da Vespa-da-Madeira. Também explicou sobre medidas de monitoramento e controle da praga, além de uma avaliação sobre parasitismo. De acordo com a bióloga, a praga está no Brasil desde 1988. “A Vespa-da-Madeira exige controle permanente, mesmo quando parece estar controlada. É uma praga oportunista que geralmente ataca plantios com mais de sete anos e que não tiveram desbaste. O plantio bem manejado é pouco afetado”, afirmou a profissional da Embrapa Florestas. Susete Penteado explicou também sobre o Fundo Nacional de Controle da Vespa-da-Madeira (FUNCEMA), criado em 1989, que tem por finalidade fazer o monitoramento, estimular o manejo florestal, o controle biológico, a transferência de tecnologia e medidas preventivas.

A segunda parte foi realizada durante a tarde, em campo. Nesta etapa foi demonstrado a utilidade de árvores armadilha, além da preparação e inoculação de nematóides em árvores atacadas. A inoculação de nematóides é uma técnica de controle biológico, desenvolvida na Nova Zelândia e utilizada com sucesso no Brasil, desde a década de 1990. O nematóide alimenta-se do mesmo fungo que a Vespa-da-Madeira. Ao encontrar larvas da vespa em troncos de árvores de pinus eles penetram nessas larvas, que irão produzir óvulos inférteis. Ao se tornarem adultas as vespas voam e ajudam no controle biológico, pois carregam consigo nematóides que serão introduzidos em outras árvores, junto com óvulos inférteis da Vespa-da-Madeira.

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