A Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR), com sede em Lages (SC), lançou na última quinta-feira (17) o segundo volume do Anuário Estatístico de Base Florestal. A edição concentra informações de área plantada; mercado; importância das florestas plantadas; e os destaques de Santa Catarina no setor.
Segundo o presidente da ACR, José Valmir Calori, a intenção é trazer para a sociedade um material que consolida as principais informações do setor florestal em um só documento. “É característico do nosso setor, trabalharmos sempre dentro de uma agenda positiva, como identificar oportunidades nas crises. Vamos continuar acreditando no Brasil, independente do que aconteça no meio político e de algumas instituições. Este anuário mostra que existem números positivos, reflexo da dedicação de pessoas que acreditam na silvicultura como elemento transformador, que traz mais qualidade de vida para as pessoas e para o planeta”, afirmou Calori.
Para Ivan Tomaselli, diretor presidente da STCP Engenharia de Projetos Ltda, empresa que elaborou o conteúdo do material, trata-se de um importante documento, não só para Santa Catarina mas também para o Brasil. “É uma base fundamental para geração de conhecimento. Contém informações importantes para definições estratégicas de investimento e do dia-a-dia de qualquer empresa”, garante ele.

Geração de empregos
De acordo com o diretor executivo da ACR, o engenheiro florestal Mauro Murara Junior, em 2014 o setor madeireiro/florestal gerou diretamente 683.492 postos de trabalho em todo o país. A fabricação de móveis representou 31% e a indústria madeireira 28% deste total. “A estimativa é que em 2015 foram geradas 669 mil vagas”, conta.
Em 2014 o setor florestal e madeireiro de Santa Catarina criou 92.616 empregos diretos. “Do total, 43% são da indústria madeireira e 29% são da fabricação de móveis. Caçador, São Bento do Sul, Lages, Rio Negrinho e Três Barras são, respectivamente, os municípios que mais empregam no setor. O último ano apontou leve queda geral para Santa Catarina, com estimativa é de 91 mil vagas. Mesmo assim é o número muito significativo”, conclui Murara Junior.
O secretário adjunto de Agricultura e Pesca, Airton Spies, afirmou que uma boa gestão pode garantir o sucesso de qualquer negócio. “A peça fundamental de uma boa decisão, que leva ao sucesso, é a boa informação. E aqui está um conjunto de informações muito relevantes para moldar e construir boas decisões”, disse Spies, referindo-se ao anuário.

A opinião dos associados
Para Erivon Cascaes, gerente da empresa Minusa, uma das associadas à ACR, o documento tem um grande peso intelectual. “Vai transmitir muito conhecimento, não só para nós, que já atuamos no cunho madeireiro e florestal, mas para todos que tem interesse em participar, direta ou indiretamente deste segmento. É uma grande ferramenta disponível para todas as empresas de Santa Catarina e do Brasil”.
Carlos de França, coordenador de marketing da ArborGen, empresa voltada para tecnologia florestal, diz que o anuário estatístico vem totalmente de encontro com o crescimento da base florestal de Santa Catarina. “Pretendemos, juntos com os associados e com as empresas do setor florestal, incrementar as florestas e fazer com que haja maior retorno financeiro dentro da silvicultura.”
O gerente geral da Timber Forest, Jober Cardoso Fonseca, acredita que as informações servirão para um planejamento estratégico. “Para nós, como fornecedores de equipamento, é um documento importante pela qualidade e credibilidade das informações. Nos permite um balizamento de investimentos para como atender o setor florestal e vislumbrar um horizonte a médio e longo prazo.”
José Sawinski Junior, gerente de relações governamentais da WestRock acredita que estar na segunda edição é um indício de que a ferramenta é um sucesso. “É muito importante para mostrar que a atividade florestal é sustentável. É uma forma de divulgar como o setor é importante para a economia do estado. Durante muito tempo o setor florestal foi colocado como uma atividade degradante e poluidora. Sabemos que é bem ao contrário, e este novo anuário vai contribuir para mostrar que a atividade é sustentável, ambientalmente correta e, principalmente, geradora de emprego e renda.”

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