Um projeto do pesquisador Bruno Ferreira para mestrado em Engenharia Florestal pelo Centro de Ciências Agroveterinárias da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) tratou da captação de carbono por florestas de pinus e no uso de madeira na construção civil.
“As florestas plantadas de Pinus em Santa Catarina são fundamentais, funcionando como sumidouros de carbono eficientes. A parceria desta pesquisa com a Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR), reforça a importância em explorar o potencial dessas florestas plantadas. Juntas, elas viabilizam o uso de créditos de carbono como uma estratégia econômica sustentável, evitando a emissão de CO2, em formas de diferentes produtos madeirados”, explica Bruno.
Intitulado “Apreensão de carbono em florestas de Pinus spp. e no uso da sua madeira na construção civil em Santa Catarina”, o projeto foi orientado pelo prof. Rodrigo Figueiredo Terezo, com a coorientação de Philipe Ricardo Casemiro Soares.
A abordagem metodológica do estudo incluiu uma análise quantitativa do sequestro de carbono nas florestas de Pinus, utilizando equações que consideram variáveis. A quantidade de carbono retido equivale à metade da massa total da madeira. O estudo usou como referência uma construção de aproximadamente 80 m2 feita com painéis de Madeira Lamelada Colada Cruzada (Cross Laminated Timber – CLT) com matéria-prima de Pinus spp europeu e Pinus spp catarinense. Para comparar o volume de armazenamento de carbono usou-se as emissões de um veículo com motor a combustão por gasolina, cerca de 120 g de CO₂ por quilômetro rodado. Ou seja, uma construção de aproximadamente 80m2 feita com CLT de madeira de Pinus pode armazenar a mesma quantidade de carbono emitida por um veículo ao longo de 197 mil quilômetros rodados.
Segundo o estudo, os resultados mostraram que as florestas de Pinus em Santa possuem contribuição para a mitigação das mudanças climáticas. A pesquisa estabeleceu a viabilidade e importância dos créditos de carbono, que podem se tornar uma estratégia econômica viável para proprietários florestais, além de contribuir significativamente para os esforços de mitigação climática.

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