O presidente e o diretor executivo da Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR); Alex Wellington dos Santos e Mauro Murara Jr., estiveram em Brasília (DF), durante a semana passada para uma série de compromissos. A viagem teve como objetivo principal, defender e levar os principais pleitos do setor florestal catarinense aos representantes do estado na capital federal.
Na quarta-feira (27), eles participaram de uma reunião com profissionais florestais de outros estados, que fazem parte da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores), entidade que representa nacionalmente o setor de florestal plantadas. “Elencamos as prioridades comuns aos estados produtores de madeira de florestas plantadas e reavaliamos o ano, projetando as ações para 2020”, explicou o presidente da ACR, Alex Wellington dos Santos.
Um destaque, tanto de Santa Catarina, quanto do Paraná, são os cursos e extensões promovidos e apoiados pelas associações estaduais. “Neste ponto buscamos a qualificação de mão-de-obra. Nossas ações são bem aceitas, inclusive por órgãos certificadores”, explicou o diretor executivo da ACR, Mauro Murara Jr.
No mesmo dia os engenheiros florestais catarinenses participaram de reunião na Câmara Setorial das Florestas Plantadas, que aconteceu no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Na pauta estavam o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Plano de Regularização Ambiental (PRA). O diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Valdir Colatto, e a chefe de divisão da Diretoria de Cadastro e Fomento Florestal, Gabriela Gonçalves, apresentaram o panorama e proposta de análise dinamizada do CAR. “Temos na base de dados do Cadastro Ambiental Rural 6,2 milhões de imóveis inscritos, representando mais 90% de todas as propriedades rurais ou posses de todo o Brasil. Trata-se do cadastro mais volumoso e com maior quantidade de informações, mas precisamos usá-los e fazer com que eles sejam interpretados e utilizados para os planejamentos das atividades do agronegócio e, também, pelo setor das florestas”, explicou Valdir Colatto.
Para o presidente da ACR, a expectativa é que a partir do 2º semestre de 2020 o sistema de dinamização de análise do CAR já esteja operando em sua plenitude. “Desta maneira será possível estabelecer critérios para os Programas de Regularização Ambiental, seja em Área de Preservação Permanente (APP) ou Reserva Legal (RL). Além de segurança jurídica, isto vai propiciar a negociação das Cotas de Reserva Ambiental (CRA), também chamadas de moeda verde”, conclui o presidente. O diretor executivo da ACR, Mauro Murara Jr. também reforçou a importância do Cadastro Ambiental Rural: “O CAR é a ferramenta ideal para fazer todo o tipo de controle nas atividades silvipastoris”, afirmou ele.
Outro assunto tratando na reunião foi sobre a Política Nacional de Biocombustíveis. “Fizemos uma análise dos artigos e defendemos que há insegurança jurídica para nosso setor neste segmento. Queremos mais incentivos para a produção de energia com madeira e resíduo de florestas plantadas”, defendeu Murara Jr.
Quatro reuniões da Câmara Setorial de Florestas Plantadas foram agendas para o ano que vem. Três delas serão em Brasília e uma em Três Lagoas, durante o Show Florestal em agosto.
Apoio da bancada parlamentar catarinense
No dia seguinte, (28/11) os representantes da ACR visitaram parlamentares de Santa Catarina. Os encontros foram para debater o Projeto de Lei 3729/2004 e pedir apoio ao substitutivo da Frente Parlamentar da Agricultura como forma de controle ambiental para as atividades envolvidas no setor agropecuário e da agroindústria.