A associada RMS, recebeu na última sexta-feira (16), o pagamento de R$ 6 mil pelos serviços ambientais prestados dentro da bacia do Rio Vermelho, que abastece o município de São Bento do Sul, no Planalto Norte de Santa Catarina. A empresa faz parte de um grupo de 36 proprietários de terras que, de alguma forma, contribuem para a qualidade da água na região.

Em 2009 a prefeitura de São Bento do Sul iniciou as tratativas em relação à implantação do Pagamento por Serviço Ambiental (PSA) na sub bacia do Rio Vermelho, onde é captada a água que atende a cidade de cerca de 86 mil habitantes. Em 2010 foi publicada a lei que viabilizava a realização do feito, mas só em 2011 foi possível concretizar o “Programa Produtor de Água do Rio Vermelho”, com a publicação do decreto que regulamentou a lei. O programa também foi inserido no Plano de Manejo da Área de Preservação Ambiental (APA) Rio Vermelho Humboldt. A RMS aderiu ao programa em 2019 e foi a primeira empresa florestal em Santa Catarina a receber um PSA.

“A RMS, proprietária de imóveis e ativos florestais na mesma bacia, pioneira na preservação de áreas protegidas, contribuiu de forma substancial para a implementação do programa, tendo sido a primeira empresa do setor florestal a receber o pagamento destinado aos produtores inscritos no programa”, conta Juliana Kammer, supervisora de Meio Ambiente da empresa. “Fazemos parte do Comitê Gestor do PSA e Comitê Gestor da APA Rio Vermelho. Nos últimos anos, disponibilizamos a propriedade para a demonstração de ações que minimizam impactos ambientais e contribuem para a conservação do solo, rios, além de tratarmos sobre técnicas de recuperação de áreas degradadas”, conclui ela.

O PSA é uma ferramenta que estimula a conservação e preservação dos recursos naturais. O pagamento é uma forma de reconhecimento aos proprietários de terras que prestam serviços ambientais e que garantem a manutenção e melhoria do ecossistema onde estão inseridos.

Em tão pouco tempo o Programa Produtor de Água do Rio Vermelho recebeu o reconhecimento da comunidade e a cada novo edital aumenta significativamente o número de interessados em participar. Este ano foram pagos cerca de R$ 110 mil, entre os 36 participantes. 

O programa já recebeu alguns prêmios. Entre eles do Ministério do Meio Ambiente, da Revista Expressão e o Prêmio Fritz Müller, a principal honraria ambiental do estado de Santa Catarina, oferecido pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA).

“O PSA surge como uma importante ferramenta de incentivo e, principalmente, de reconhecimento pelas boas práticas ambientais, tanto de pessoas físicas, quanto jurídicas. É o que podemos chamar de “moeda verde”. O recebimento de um PSA por uma associada comprova algo que já sabemos há muito tempo, que o setor de base florestal é extremamente cauteloso com o ambiente onde está inserido”, comenta o diretor-executivo da ACR, Mauro Murara Jr.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *