O diretor executivo da ACR, Mauro Murara Jr. representou a associação nesta terça-feira (08) durante reunião online com a presença do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. A presença do ministro na reunião conjunta dos Conselhos Consultivo e Deliberativo da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), aconteceu a convite do presidente do Conselho Consultivo, Daniel Feffer, do Presidente do Conselho Deliberativo, Horacio Lafer Piva, e do Presidente Executivo, Paulo Hartung.
Como palestrante oficial, o ministro apresentou ambiciosa estratégia de modernização da infraestrutura brasileira, que está sendo conduzida sob sua liderança. “O Ministério da Infraestrutura é sustentado em 4 pilares. Um programa ousado de transferência de ativos para o setor privado, com o maior programa de concessões da história; ênfase em modelagem mais sofisticada dos projetos e em melhores contratos, a fim de superar passivos herdados, ou seja, aquelas concessões que não performaram; conclusão de obras inacabadas, que precisam ser finalizadas, assim permitindo que se iniciem outras grandes obras, com mais foco e otimização de recursos orçamentários, o que ajudará na atração de investimentos privados; por fim, estamos realizando fortalecimento institucional, da governança, na busca de maior segurança jurídica, elemento fundamental para a atração de novos investimentos. Isto é um legado. Trata-se de uma reforma: simplificar regulação, contar com boa gestão e ter bons dirigentes,” afirmou.
O presidente do Conselho Consultivo, Daniel Feffer, reforçou a grata satisfação de receber o ministro no que foi a reunião anual do Conselho Consultivo. “O setor é um cliente muito importante da infraestrutura nacional em todas as modalidades. Tem uma capilaridade muito grande para poder chegar a todos os rincões do Brasil, além de também atuar fortemente na exportação, inclusive sendo o maior exportador de celulose do mundo”, disse.
“O setor de base florestal é uma referência mundial e não aceita essa situação de subdesempenho do Brasil que há muito tempo desperdiça oportunidades e faz com que o crescimento fique aquém de nossas possibilidades. Reforçamos o interesse em atuar em parceria, e arregaçar nossas mangas para juntos dar esse salto qualitativo e quantitativo no país. Temos que fugir dessa recorrência da vida brasileira, de baixos índices de desempenho econômico e de produtividade, passando a olhar o médio e o longo prazos de maneira sustentável”, afirmou o presidente do Conselho Deliberativo, Horacio Lafer Piva, ao introduzir a palestra do ministro.
O ministro fez uma ampla apresentação dos projetos nos diversos modais, aéreo, rodoviário, ferroviário e marítimo, incluindo ações nos portos, anunciando, pela primeira vez, o projeto de concessão do Porto de Vitória (ES). “Serão realizados 18 mil km de concessão de rodovias em dois anos e meio. Estamos na fase final de concessão de 8 mil km. É ousado, visto que em 25 anos foram realizadas concessões de 10 mil km, mas é possível, diante do nosso planejamento; já no setor portuário, avançaremos no arrendamento e já em 2020 serão realizados mais 9 leilões. O mais inovador será a desestatização: a ferrovia é minha menina dos olhos”. Sobre cabotagem, ele reforçou ter um olhar atento às questões de regulamentação. “A cabotagem tem tido uma boa repercussão no Congresso. Acredito que deverá andar bem, quanto maior o engajamento”, disse.
Em sua densa apresentação, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, demonstrou que há uma atenção especial para a tendência da economia verde. “Estamos trazendo a noção de sustentabilidade para nossos projetos. Trouxemos entidades de respeito no mundo para estruturar os projetos conosco, como a Climate Bond Initiative. Questões como mudanças climáticas, travessia de fauna, utilização de combustíveis fósseis, entre outros. Exemplo: ferrovia Ferrogrão, que evitará grande quantidade de emissão de CO2 por ano. Isso nos permitirá mudar de padrão ambiental e atrairá atenção de investidores, possibilitando que esses projetos emitam green bonds”, contou.
Para Paulo Hartung, presidente executivo da Ibá, a participação do ministro da Infraestrutura nesta reunião é muito importante no momento em que o país precisa ter tração para sair da crise. “Se formos citar dois gargalos para o pleno desenvolvimento do país, começaria com a educação básica, isto é, a instrução dos nossos jovens; e o outro são os desafios da infraestrutura, que o ministro tem trabalhado tão intensamente para aperfeiçoar”, afirmou.

Com informações da Indústria Brasileira de Árvores

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